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CriptoJud: o que é, como funciona e por que o Judiciário brasileiro está modernizando a penhora de criptoativos

14 de agosto de 2025 |

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apresentou oficialmente o CriptoJud durante sua 10.ª Sessão Ordinária, em agosto de 2025. A nova ferramenta foi anunciada pelo ministro Luís Roberto Barroso como um passo estratégico para modernizar o trabalho do Judiciário diante da crescente presença dos criptoativos na economia brasileira. 

Assim como já aconteceu com sistemas como o BacenJud e o SisbaJud, a ideia é oferecer um canal único, seguro e automatizado para localizar e bloquear bens — agora no mundo das criptomoedas.  

A iniciativa promete maior agilidade, transparência e segurança, beneficiando magistrados, advogados, credores e o próprio mercado. Saiba mais! 

O que é o CriptoJud? 

O CriptoJud é um sistema eletrônico integrado à Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ-Br), acessível pelo Portal Jus.br, que centraliza a comunicação do Judiciário com exchanges nacionais. Ele permite consultar, de forma simultânea e padronizada, se um devedor possui criptoativos em custódia de corretoras brasileiras. 

Inspirado em sistemas já consolidados, como o BacenJud (ligado ao Banco Central para bloqueio de contas bancárias) e o SisbaJud (voltado para penhora de valores financeiros), o CriptoJud é voltado especificamente ao universo dos ativos digitais. 

Antes de sua criação, verificar se um devedor possuía criptoativos era um processo lento e burocrático. Os tribunais precisavam enviar ofícios individuais para cada corretora, aguardando respostas que muitas vezes demoravam ou não chegavam.  

Agora, com a nova plataforma, essa consulta será única, simultânea e rastreável, reunindo todas as respostas em um só ambiente. 

O desenvolvimento do CriptoJud contou com a parceria da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), que reúne as principais empresas do setor no país. Bernardo Srur, presidente da entidade, afirmou que a medida era uma demanda antiga e que vai corrigir falhas históricas na comunicação entre o Judiciário e as corretoras. 

  • Leia também: Por que stablecoins ganham espaço no mercado corporativo?  

Como o sistema funciona? 

O CriptoJud será implementado progressivamente nos tribunais brasileiros por meio do Portal Jus.br, integrando-se à Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ-Br). Nesse sentido, o sistema funcionará em três etapas principais: 

  1. Consulta e localização: juízes poderão consultar, de forma centralizada, se determinado CPF ou CNPJ possui criptoativos em alguma das exchanges participantes; 
  2. Bloqueio e custódia: em fases posteriores, o sistema permitirá que os ativos sejam transferidos para contas judiciais, garantindo que permaneçam seguros até a decisão final; 
  3. Liquidação e conversão: no estágio final, os criptoativos poderão ser vendidos, convertendo-se o valor em reais para pagamento de dívidas. 

Além disso, o CriptoJud manterá registro auditável de todas as consultas e ordens expedidas, aumentando o controle e a transparência do processo. 

Vale destacar que o mercado de criptoativos deixou de ser um nicho restrito e passou a movimentar somas bilionárias no Brasil. Com essa popularização, também aumentou a necessidade do Judiciário de acompanhar essa evolução tecnológica para garantir que dívidas judiciais sejam cumpridas e que fraudes e ocultações de patrimônio sejam combatidas. 

Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, o sistema representa um avanço na capacidade de o Judiciário agir em um mercado que cresce em complexidade. Ele destacou ainda que a iniciativa reforça a efetividade das decisões judiciais. 

  • Leia também: O futuro dos pagamentos já começou: stablecoins, Pix internacional e novas soluções que beneficiam empresas e consumidores 

Em quais casos o CriptoJud pode ser usado? 

A nova ferramenta será útil em diferentes contextos jurídicos, entre eles: 

  • execuções cíveis: para garantir o pagamento de dívidas reconhecidas em sentença; 
  • execuções fiscais: atuando como complemento ao SisbaJud e ao RenaJud (rastreamento de veículos); 
  • medidas cautelares: como arresto ou sequestro de bens em casos de fraude ou lavagem de dinheiro; 
  • recuperações judiciais: ajudando a localizar ativos não informados por empresas em reestruturação. 

A centralização das ordens também permitirá padronizar os procedimentos das exchanges, reduzindo interpretações divergentes e diminuindo atrasos no cumprimento. 

Entretanto, embora seja um avanço significativo, o CriptoJud tem alcance restrito. O sistema só se conecta a exchanges com sede no Brasil que aderirem à integração. 

Isso significa que carteiras não custodiais (em que o usuário guarda suas próprias chaves privadas) e plataformas internacionais permanecem fora do alcance direto da ferramenta. 

Outro ponto é que sua eficácia dependerá da adesão voluntária e da capacidade tecnológica das corretoras nacionais para responder de forma rápida e segura às solicitações. 

  • Leia também: Quais são as oportunidades e os desafios regulatórios das stablecoins no Brasil  

Qual o contexto legal e histórico da implementação? 

O lançamento do CriptoJud não aconteceu isoladamente. Ele faz parte do programa Justiça 4.0 do CNJ, que busca ampliar o uso de tecnologia para modernizar o sistema judicial. 

Em fevereiro de 2025, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu formalmente que criptoativos podem ser considerados patrimônio do devedor, passíveis de penhora. Além disso, o Projeto de Lei 1600/22 tramita no Congresso para incluir explicitamente a penhora de criptomoedas no Código de Processo Civil. 

Ademais, o CNJ garante que o sistema seguirá os mais altos padrões de segurança cibernética, protegendo as informações sensíveis dos usuários e evitando vazamentos ou acessos não autorizados.  

Ainda, como visto, todo o fluxo de consultas e bloqueios será integralmente rastreável, o que facilita a auditoria por parte de juízes, advogados e até mesmo das partes envolvidas. 

Para quem investe ou utiliza criptomoedas, a chegada do CriptoJud significa que ativos mantidos em exchanges brasileiras poderão ser localizados e bloqueados com muito mais rapidez. Isso reforça a importância de compreender as implicações jurídicas de manter criptoativos em custódia de terceiros, especialmente em casos de disputas ou dívidas judiciais. 

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Em resumo 

O que é o CriptoJud? 

O CriptoJud é um sistema eletrônico criado pelo Conselho Nacional de Justiça para facilitar a busca, o bloqueio, a custódia e a liquidação de criptoativos vinculados a processos judiciais. Ele centraliza e automatiza o envio de ordens judiciais para exchanges brasileiras. 

O CriptoJud funciona para qualquer tipo de criptomoeda? 

Sim, desde que o ativo esteja listado e custodiado por uma exchange brasileira integrada ao sistema. Isso inclui criptomoedas populares como Bitcoin, Ethereum e stablecoins, entre outras. 

Exchanges internacionais estão incluídas? 

Não. O CriptoJud só tem alcance sobre corretoras com sede no Brasil. Exchanges estrangeiras ou carteiras privadas não podem ser acessadas diretamente pela ferramenta. 

O sistema já está em funcionamento? 

O CriptoJud será implementado de forma gradual nos tribunais brasileiros, seguindo um cronograma definido pelo CNJ. A adesão das exchanges será progressiva. 

O CriptoJud pode ser usado em casos de fraude e lavagem de dinheiro? 

Sim. Além de execuções cíveis e fiscais, o sistema poderá ser utilizado em medidas cautelares, arresto e sequestro de bens, inclusive em investigações de crimes financeiros.