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A fusão entre IA e Blockchain: revolução nos serviços financeiros
7 de abril de 2025 |

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7 de abril de 2025 |
Nos últimos anos, o setor financeiro vivenciou diversas transformações, impulsionadas principalmente pelo avanço das tecnologias digitais. Dentre elas, duas inovações que se destacam nesse cenário são inteligência artificial (IA) e blockchain.
Enquanto a IA aprimora a análise de dados, automatiza processos e melhora a tomada de decisão, as redes blockchain garantem segurança, transparência e descentralização nas transações financeiras. Ou seja, separadamente, essas tecnologias já estão revolucionando o mercado.
No entanto, a fusão entre elas promete transformar ainda mais os serviços financeiros, trazendo maior eficiência, confiabilidade e acessibilidade para bancos, fintechs e investidores. Desde pagamentos automatizados até contratos inteligentes e prevenção de fraudes, a combinação de IA e blockchain é uma revolução.
Quer saber mais? Neste artigo, exploraremos como essas tecnologias se complementam, quais são suas principais aplicações no setor financeiro e quais desafios ainda precisam ser superados para que essa revolução alcance seu potencial máximo.
Acompanhe!
A inteligência artificial, ou artificial intelligence em inglês, é um ramo da computação que trabalha no desenvolvimento de sistemas capazes de aprender, raciocinar e tomar decisões de forma autônoma. Como o nome indica, o foco é simular a inteligência humana.
Para isso, a IA utiliza algoritmos avançados, aprendizado de máquina (machine learning) e redes neurais para analisar grandes volumes de dados. Com isso, os sistemas são capazes de identificar padrões e, muitas vezes, prever tendências.
No mercado financeiro, a IA já desempenha um papel fundamental. Ela é aplicada em diversas áreas para aumentar a eficiência operacional, reduzir riscos e melhorar a experiência do cliente.
Confira mais destaques!
Como você viu, algoritmos de IA processam enormes quantidades de dados financeiros, notícias e tendências para tentar prever oscilações no mercado de ações, criptomoedas e outros ativos. Isso permite otimizar a tomada de decisão de investidores e demais agentes do mercado.
A IA é amplamente utilizada para identificar transações suspeitas e padrões incomuns que possam indicar fraudes. Sistemas de segurança baseados em inteligência artificial analisam em tempo real o comportamento dos usuários, protegendo bancos e clientes contra lavagem de dinheiro, golpes e acessos não autorizados.
Chatbots e assistentes virtuais com IA otimizam o atendimento ao cliente em bancos e fintechs. Por meio deles, as instituições financeiras podem dar respostas rápidas e personalizadas aos usuários, reduzindo a necessidade de suporte humano e melhorando a experiência dos usuários.
Outro destaque da IA é em processos de análise de crédito. Além do histórico financeiro dos clientes, os sistemas consideram fatores como comportamento de consumo e dados alternativos para fazerem avaliações mais completas e rápidas.
Por sua vez, blockchain é uma tecnologia de registro que armazena informações de forma segura, transparente e imutável. Diferentemente de bancos de dados tradicionais, em que uma entidade central controla as informações, a blockchain funciona como um livro-razão descentralizado.
Nesse caso, todos os dados são armazenados em blocos conectados em uma cadeia e validados por uma rede de computadores. Para entender melhor, considere o exemplo da blockchain do Bitcoin (BTC).
Quando um usuário envia BTCs para outro, essa transação é registrada na rede. Ela contém três informações principais:
Contudo, antes que uma transação seja incluída na blockchain, ela precisa ser validada. No caso do Bitcoin, esse processo ocorre por meio da mineração, que segue o mecanismo de prova de trabalho, ou Proof of Work (PoW).
Para tanto, há um agrupamento de múltiplas transações em um bloco. Os mineradores — que atualmente são supercomputadores — competem para resolver um problema matemático. O primeiro minerador que encontrar a solução compartilha com a rede para validação.
Se a solução for válida, o bloco é adicionado à cadeia, e o minerador recebe uma recompensa em bitcoins. Após isso, o registro é imutável.
No setor financeiro, o surgimento da blockchain serviu para garantir transações mais seguras, eficientes e livres de intermediários. Saiba mais!
Como exemplificamos, toda transação registrada no blockchain é imutável e verificável, reduzindo riscos de fraude e manipulação de dados. Isso é especialmente útil no mercado financeiro, em que há diversas informações sensíveis.
A blockchain permite pagamentos internacionais sem necessidade de bancos intermediários. Diversas empresas já utilizam essa tecnologia para melhorar a eficiência dos seus sistemas de pagamento.
Os smart contracts são contratos digitais que executam automaticamente ações programadas quando determinadas condições são atendidas. Eles eliminam intermediários e tornam processos, como empréstimos, seguros e liquidações financeiras mais eficientes e acessíveis.
A blockchain também possibilita a tokenização de ativos reais, como imóveis, ações e commodities, facilitando a negociação delas no mercado financeiro como investimentos alternativos. Isso tende a democratizar investimentos e melhorar a liquidez dos mercados.
As decentralized finance (DeFi), ou finanças descentralizadas, utilizam blockchain para criar serviços financeiros sem bancos ou instituições tradicionais. Plataformas DeFi oferecem produtos como empréstimos, staking e negociação de ativos digitais, tornando o sistema financeiro mais aberto e inclusivo.
Como a gente mostrou para você, tanto a inteligência artificial quanto a blockchain já se destacam individualmente no mercado financeiro. Entretanto, a fusão entre essas duas tecnologias tende a ser uma revolução no setor. Veja como!
A blockchain garante que todas as transações sejam imutáveis e auditáveis, reduzindo fraudes e manipulações de dados. No entanto, ela sozinha não consegue interpretar comportamentos suspeitos ou prever ataques cibernéticos.
Combinada com a IA, as tecnologias podem:
Os contratos inteligentes eliminam intermediários ao executar transações automaticamente, mas possuem limitações, já que só operam com base nas regras programadas. A IA pode tornar esses contratos mais dinâmicos e inteligentes, permitindo que se adaptem a novas situações.
Por exemplo:
Isso reduz burocracias, melhora a eficiência e permite que contratos inteligentes reajam de forma mais precisa às mudanças do mercado.
A blockchain cria registros permanentes e acessíveis, garantindo transparência. No entanto, a grande quantidade de informações pode dificultar a análise manual.
A IA pode automatizar auditorias financeiras, garantindo que empresas e instituições financeiras consigam monitorar suas operações com maior precisão e conformidade regulatória.
Essa convergência entre IA e blockchain também pode se traduzir em uma otimização na oferta de serviços financeiros. Confira!
A IA permite que bancos e fintechs analisem o comportamento dos clientes de forma individualizada, enquanto a blockchain garante a segurança desses dados. Isso possibilita o desenvolvimento de soluções personalizadas aos usuários.
Por exemplo, em vez de depender de históricos de crédito tradicionais, a IA pode avaliar a capacidade de pagamento do cliente com base em dados alternativos, como gastos recorrentes e comportamento financeiro.
O setor financeiro tradicional depende de intermediários para processar pagamentos, concessões de crédito e apólices de seguro. Isso gera custos elevados, prazos demorados e burocracia excessiva.
Com blockchain e IA, muitas dessas operações podem ser automatizadas com eficiência. Os contratos inteligentes, como você viu, permitem que acordos sejam executados automaticamente, eliminando a necessidade de terceiros.
Ainda, o uso de blockchain permite transferências diretas e instantâneas, sem necessidade de bancos ou redes como SWIFT. Já a IA otimiza a conversão de moedas e identifica a rota mais eficiente para transferências internacionais.
Essa descentralização reduz custos operacionais e tarifas bancárias, tornando os serviços financeiros mais baratos para consumidores e empresas.
Nos modelos tradicionais, muitas pessoas e pequenas empresas não têm acesso a crédito porque não possuem histórico bancário formal. Inclusive, estimativas do Banco Mundial estimam que esse total seja de quase 2 bilhões de pessoas globalmente.
Com IA e blockchain, o setor financeiro se torna mais inclusivo, transparente e acessível, permitindo que mais pessoas tenham controle sobre seu dinheiro. Desse modo, pessoas que nunca tiveram acesso ao sistema bancário poderão movimentar dinheiro, investir e participar da economia global.
Apesar do potencial positivo, essa fusão também enfrenta desafios significativos que precisam ser superados para a adoção ser ampla e sustentável. Um dos principais é a escalabilidade. A blockchain, por sua própria natureza descentralizada, ainda tende a processar transações de forma mais lenta do que sistemas tradicionais.
A IA, por outro lado, exige uma enorme quantidade de dados e poder computacional para operar com eficiência. Quando combinadas, essas duas tecnologias podem gerar gargalos de processamento, limitando a adoção em serviços financeiros que exigem respostas rápidas.
Outro ponto é a privacidade e a segurança dos dados. A IA precisa coletar e processar grandes volumes de informações. O problema surge quando essa necessidade colide com a transparência da blockchain, que registra todas as transações de forma pública e imutável.
Ou seja, como garantir que informações sensíveis dos usuários não fiquem permanentemente expostas? Certos projetos exploram blockchains com camadas de privacidade, como o uso de Zero-Knowledge Proofs (ZKPs), que permitem verificar informações sem as revelar.
Além disso, regulação e governança são questões nesse novo cenário. Os governos e bancos centrais, acostumados a controlar o fluxo monetário, tendem a ver com desconfiança um sistema financeiro descentralizado.
Porém, é fundamental reforçar que essas são tendências recentes e em desenvolvimento. Logo, é natural que a busca pela superação desses desafios continue.
Quer saber mais sobre câmbio, criptomoedas e mercado financeiro? Continue acompanhando o blog do Braza.