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Acordo entre Mercosul e Índia pode impulsionar comércio exterior brasileiro
10 de outubro de 2023 | Equipe Braza Bank
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10 de outubro de 2023 | Equipe Braza Bank
Nos próximos dias, o Brasil pretende apresentar aos demais integrantes do Mercosul a proposta de estabelecer um acordo de livre comércio com a Índia. O objetivo é reativar as negociações em torno do assunto, que estão inativas há anos.
A ideia é que o volume de negócios com o país que agora é dono da maior população do mundo possa dobrar até 2030. Atualmente, ele está em US$ 15 bilhões e pode atingir US$ 30 bilhões até o final da década.
Além disso, se considerarmos a inclusão do comércio de serviços, essa cifra poderá até mesmo chegar a US$ 50 bilhões, conforme projeções do governo brasileiro.
“É o país mais populoso do mundo, mas temos apenas 2% de nossas exportações para a Índia. Uma coisa mínima. Apenas US$ 15 bilhões. Precisamos avançar em possibilidades de complementaridade econômica”, afirmou Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, durante o 42º Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro.
Além de apresentar a proposta aos países parceiros do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, o governo planeja realizar uma consulta pública com empresários que representam a sociedade civil brasileira.
O objetivo é finalizar todos os detalhes até dezembro, período em que está agendada uma reunião de cúpula entre os líderes do Mercosul, provavelmente em Brasília.
Mesmo com enorme população e vínculo com o Brasil por meio dos BRICS, o comércio com a Índia é pouco relevante para a balança comercial brasileira.
Como você viu, apenas 2% das exportações brasileiras em 2022 tiveram o país como destino. Além disso, cerca de 80% desse total se concentrou em:
Além disso, o Brasil reconhece a oportunidade de atuar na eliminação de obstáculos ao comércio. Como exemplo, as exportações de carne de frango enfrentam tarifas de 100% no mercado indiano. Para o milho, a tarifa média é de 50%. Café solúvel e cafés especiais estão sujeitos a tarifas de 53%.
Devido a barreiras técnicas, o número de empresas brasileiras exportando calçados para a Índia tem diminuído, uma vez que os laboratórios locais ainda não obtiveram a autorização das autoridades indianas para emitir a certificação requerida por eles nas importações.
Já em relação às vendas dos indianos ao Brasil, os destaques são:
Dentro dos setores com potencial para expansão, destacam-se energia sustentável e biocombustíveis, aviação e turismo.
(*) Com informações de Comex do Brasil e MDIC.